Sempre que precisar escolher um torquímetro tenha em mente que o seu uso deve ser entre 20 a 100% da escala. Mesmo que exista escala antes de 20% da escala máxima. E mais, sempre que for possível mensure seu uso no meio da escala.
Por exemplo, se você precisa aplicar 60 N.m. Sua melhor opção seria um torquímetro de 20 a 100 N.m. onde 60 N.m seria em torno do meio da escala do torquímetro.
Sempre evite o uso de um torquímetro nas extremidades da escala, muito perto dos 20% iniciais ou do 100% da capacidade. É lá onde onde o torquímetro é menos preciso e apresenta os maiores erros.
Na eventualidade de uma manutenção de seu torquímetro o laboratório terá como base de calibração a Norma ISO, no caso de torquímetros, a Norma ISO 6789 onde menciona os erros permitidos de cada tipo de instrumento. O que diz a Norma você poderá ver abaixo:
Segundo a Norma ISO 6789:2003 os torquímetros digitais (TIPO I CLASSE C), tipo relógio e medidor de aperto de tampas (TIPO I CLASSE B) podem ter um erro de exatidão de até +/- 6% do torque indicado para escalas até 10 N.m e de até 4% para torque máximos acima de 10 N.m. Esta exatidão é valida entre 20% e 100% do valor da escala.
Os torquímetros tipo vareta (TIPO I CLASSE A) podem ter um erro de exatidão de até +/- 6% do torque indicado, entre 20% e 100% do valor da escala. Os torquímetros tipo estalo (TIPO II CLASSE A) e tipo estalo sem escala (TIPO II CLASSE B) podem ter um erro de exatidão de até +/- 6% do torque indicado para escalas até 10 N.m e de até 4% para torque máximos acima de 10 N.m.
Esta exatidão é valida entre 20% e 100% do valor da escala. E quando aferir um torquímetro? Para que o torque aplicado seja correto, a norma ABNT 12240 recomenda: o instrumento de medição de torque deve ser calibrado no mínimo a cada 12 meses e quando sofrer qualquer dano ou quando for submetido a algum reparo. Esta instrução pode variar de acordo com a Política de Qualidade Interna de cada empresa.